terça-feira, 25 de maio de 2010


Push The Freedom
Autor Charles Bukowski foi um daqueles raros escritores cujo trabalho criou um mito de proporções épicas em torno de seu criador. Ao longo dos anos, o nome “Bukowski” tornou-se sinónimo de loucura, bebedeiras, brigas, vida miserável, boca suja, convivência com prostitutas, sub-empregos que pagam pouco e quartos de hotel imundos. Para os leitores, Bukowski chegou a personificar os níveis mais baixos da existência humana, com um estilo direto e muito forte, ele escreve sobre uma impensável, mas muito real degradação humana baseada em suas próprias experiências de vida.
Bukowski: Born Into This é o último e mais abrangente documentário sobre a vida do escritor e poeta Charles Bukowski (1920-1994). Nele os fãs irão descobrir o Bukowski que eles sempre imaginaram, e entender como ele realmente foi. O filme traça a sua vida extraordinária, desde abuso infantil, seguindo através décadas de pobreza e alcoolismo, numerosos postos de trabalho, relações turbulentas, empregado nos correios por 14 anos e eua eventual reconhecimento internacional como poeta, romancista e ícone cult do movimento underground. Em sua vida, Bukowski se tornou mais conhecido quando foi roteirista do longa-metragem Barfly, que relata os fatos ocorridos na vida de seu personagem autobiográfico Henry Chinaski.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Internacionalizem TUDO!!!


"Durante um debate numa universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e actual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso."Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade."Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazôniapara o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar oudiminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.""Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria serinternacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação."Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietárioou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro deum grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado."Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York,como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro."Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nasmãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil."Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro."Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazôniaseja nossa. Só nossa!DIZEM QUE ESTA MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA, POR RAZÕES ÓBVIAS. AJUDE ADIVULGÁ-LA, SE POSSÍVEL FAÇA TRADUÇÃO PARA OUTRAS LÍNGUAS QUE DOMINAR."

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Lukanikos, o cão grego Anti-sistema


Encontrei esta crónica no Anovis sobre um ser vivo, canídeo, mais vivo do que um Portugal inteiro. Já o tinha visto numa ou outra notícia ou foi num vídeo de brutalidade policial?... fez-me encher o peito

Lukanikos

Se eu fosse um qualquer dos manifestantes que, na Grécia, contestam na rua as medidas impostas pelas autoridades nacionais e internacionais, é provável que sentisse vontade de me juntar àqueles que os media chamam «anarquistas» porque a violência de que fazem uso constitui uma reacção menos resignada ao inevitável e mais apropriada à raiva e frustração que todos.

Na atitude dos «anarquistas» há muitas coisas de que não gosto mas há um aspecto que me interpela, tanto pessoalmente como enquanto português: não têm medo da polícia. Ora, sinto muitas vezes que o medo da autoridade é o traço mais vil do comportamento da maioria dos portugueses, treinados na cobardia por décadas de submissão e desengano e dotados há já demasiado tempo de dirigentes sindicais ou políticos de oposição que só sabem apelar à calma e não estão mais prontos a bater-se a sério do que aqueles que deveriam encorajar.

Quando eu era novo, os meus pais tentaram ensinar-me a não ter medo da polícia. Não se tratava tanto do facto de estarmos então sob uma ditadura e de ser necessário enfrentar a autoridade. As ditaduras ficam e passam, o Estado, a sua brutalidade, não desaparece nunca. Tratava-se de uma questão mais profunda. A minha mãe contava-nos a história de Antígona, uma tragédia de Sófocles no decurso da qual Antígona desobedece às leis da sua cidade, Tebas, para sepultar o irmão Polinices que as leis tinham banido. Antígona é condenada à morte porque se firma na convicção de que as leis dos deuses, que mandam uma irmã sepultar o irmão, são mais importantes e dignas de respeito que as dos homens. Com esta história, a minha mãe dizia-nos que a lei não é um valor absoluto, que há leis iníquas, e que é preciso resistir ao Estado e à lei sempre a moral assim o exigir. Se estivermos certos da nossa confiança em leis que são anteriores à lei, não devemos temer a polícia, os tribunais, o Estado.

Da ausência de medo por parte dos gregos, o símbolo mais eloquente (tanto que se tornou um ícone nos media) é Lukanikos, um cão vadio e rafeiro que desde 2008 aparece na frente das manifestações, arreganha o dente à polícia, e bate-se ao lado dos seus companheiros humanos.

Também no que respeita aos cães, não basta à autoridade afirmar-se para ser obedecida. Tem ainda que se justificar mostrando o seu amor, não pela lei da força mas por uma lei maior, a da justiça. Ninguém deve respeito e obediência a qualquer autoridade, seja ela qual for, justificada ou não por votos, que se baseie na razão financeira para condenar milhões de homens e mulheres que já eram pores a uma vida ainda mais pobre, deixando de fora dessa condenação os mais ricos e os mais responsáveis pela desgraça colectiva. Como Antígona, os gregos têm o direito de dizer: não obedecerei a essa autoridade e a essa lei.
Lukanikos arreganha os dentes à polícia grega simbolizando a coragem da vanguarda de um povo que é capaz de colocar a lei maior, a da justiça, acima das determinações dos vendilhões de todos os templos.

(crónica de Paulo Varela Gomes, publicada no jornal Público )

terça-feira, 18 de maio de 2010

L'Age D'Or \ Idade do Ouro


Escorpião tem "cinco prismáticas articulações, culminando em um aguilhão..."

Agradeço ao Cynicozilla - Golfadas em cena mais uma excelente adição
L'age D'or pushing the freedom

Gra'Ma Youth


Como diz no Desenho... Nirvana - live at reading

sábado, 8 de maio de 2010

Estado Social-Repressivo

Mais uma notícia de ataque às forças Libertárias. Em Atenas, um bairro conhecido por estar associado a políticas radicais desde o início do século XX foi brutalmente "varrido" pelas forças policiais enquanto que populares gritavam pelas janelas "Junta-Junta" e "SS SS". Peço desculpas por haver pouco tempo disponível para a escrita, ainda bem que outros que dominam essa arte melhor do que eu o têm.

reedirecionando

curto vídeo

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Work is work............

a Empresa de Trabalho Temporário Adecco colocou na Internet vários anúncios para recrutar “apoiantes” do Papa para Lisboa e Porto pagos a 3,5€ à hora. (via Esquerda.Net)
Em vários sites de procura/oferta de emprego na Internet, a empresa Adecco, que se apresenta como “líder mundial de recursos humanos”, refere que “pretende recrutar apoiantes (M/F) ao Papa XVI”. O recrutamento para Lisboa diz respeito ao dia 11 de Maio para a Praça do Comércio, onde o papa celebrará uma missa, sendo o “horário de trabalho: manhã e/ou tarde”. Para o Porto, a empresa está a recrutar pessoas para o dia 14 de Maio, dia em que Bento XVI estará na cidade, e pede como “requisitos: idade compreendida entre os 18 e os 50 anos” e “disponibilidade das 08:00 às 13:00”

Crédito Bancário

Produzir?é deixar isso para os chineses.............

Política de crédito da banca contribuiu para o atraso e estagnação do país

clica aqui

Rise and Shine


Belo amanhecer na Acrópole



Espaço-Tempo

Esta fez-me soltar um sorriso

"Nós estamos num estado comparável somente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento de caracteres, mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá... vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se a par, a Grécia e Portugal".
Eça de Queirós, 1872, in "As Farpas"

A "Carta"


agora já traduzida pelo Anovis Anophelis, a polémica carta do tal funcionário da agência bancária onde morreram 3 pessoas no dia 5 de maio 2010, Atenas Grécia.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Esquerdistas...

Os vermelhos a quem falta o preto... tanto falam de desemprego, de famílias a passar necessidades, de péssimos níveis de produção, portugal e o mundo a pedir mudança e estes gajos........querem-me construir um Comboio de Alta Velocidade que vai do Raio de Lisboa para o Raio de Madrid que vai oferecer um trabalho temporário não qualificado a meia dúzia, que vai necessitar de toda a matéria prima, esta comprada a um país qualquer no estrangeiro, para transportar outra meia-dúzia, estes já com fatos caros, mas só os quais têm medo das alturas. Miséria ao horizonte? Mas qual é o vosso objectivo afinal?? Até os Fascistas fazem melhor..... Falaram do negócio dos submarinos, agora vai ser um Ferrari dos comboios, um aeroporto novo e mais A1zes??mas o que é isto afinal??????
EU NÃO TENHO DINHEIRO PARA GASOLINA

os índios eram vermelhos e também eles se fod****

Vergonha, 3 mortes e por culpa de quem???




Carta escrita de um dos empregados do Marfin Bank em que morreram 3 funcionários a 5 de Maio, 2010 em ATENAS, Grécia

A toda autoridade, bicho hipócrita, cínico e desleal, que ardam...


"I feel an obligation toward my co-workers who have so unjustly died today to speak out and to say some objective truths. I am sending this message to all media outlets. Anyone who still bares some consciousness should publish it. The rest can continue to play the government’s game.

The fire brigade had never issued an operating license to the building in question. The agreement for it to operate was under the table, as it practically happens with all businesses and companies in Greece.

The building in question has no fire safety mechanisms in place, neither planned nor installed ones – that is, it has no ceiling sprinklers, fire exits or fire hoses. There are only some portable fire extinguishers which, of course, cannot help in dealing with extensive fire in a building that is built with long-outdated security standards.

No branch of Marfin bank has had any member of staff trained in dealing with fire, not even in the use of the few fire extinguishers. The management also uses the high costs of such training as a pretext and will not take even the most basic measures to protect its staff.

There has never been a single evacuation exercise in any building by staff members, nor have there been any training sessions by the fire-brigade, to give instructions for situations like this. The only training sessions that have taken place at Marfin Bank concern terrorist action scenarios and specifically planning the escape of the banks’ “big heads” from their offices in such a situation.

The building in question had no special accommodation for the case of fire, even though its construction is very sensitive under such circumstances and even though it was filled with materials from floor to ceiling. Materials which are very inflammable, such as paper, plastics, wires, furniture. The building is objectively unsuitable for use as a bank due to its construction.

No member of security has any knowledge of first aid or fire extinguishing, even though they are every time practically charged with securing the building. The bank employees have to turn into firemen or security staff according to the appetite of Mr Vgenopoulos [owner of Marfin Bank].

The management of the bank strictly bared the employees from leaving today, even though they had persistently asked so themselves from very early this morning – while they also forced the employees to lock up the doors and repeatedly confirmed that the building remained locked up throughout the day, over the phone. They even blocked off their internet access so as to prevent the employees from communicating with the outside world.

For many days now there has been some complete terrorisation of the bank’s employees in regard to the mobilisations of these days, with the verbal “offer”: you either work, or you get fired.

The two undercover police who are dispatched at the branch in question for robbery prevention did not show up today, even though the bank’s management had verbally promised to the employees that they would be there.

At last, gentlemen, make your self-criticism and stop wandering around pretending to be shocked. You are responsible for what happened today and in any rightful state (like the ones you like to use from time to time as leading examples on your TV shows) you would have already been arrested for the above actions. My co-workers lost their lives today by malice: the malice of Marfin Bank and Mr. Vgenopoulos personally who explicitly stated that whoever didin’t come to work today [May 5th, a day of a general strike!] should not bother showing up for work tomorrow [as they would get fired]."


http://www.youtube.com/watch?v=nt0mzy6ZnN8


F*da-se

"O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela diz."

...Foda-se... por Millôr Fernandes (tradução para português de Portugal por Um Homem das Cidades)

sábado, 1 de maio de 2010

1º de Maio



Ser precário
é ser pau para toda a colher. Ser precário é não poder ter ofício. Ser precário é eventualmente fazer estágios de profissionalização para animar as estatísticas do governo. Ser precário é não ter a certeza de arranjar trabalho amanhã. Ser precário é não ter direito ao subsídio de desemprego, mesmo quando já se trabalhou muito e agora não se tem trabalho. Ser precário é ser obrigado a fazer descontos mesmo quando não se ganhou dinheiro. Ser precário é receber um salário de miséria e engrossar o cabedal das empresas de trabalho temporário. Ser precário é não ser contabilizado nas já extensas listas dos desempregados. Ser precário é trabalhar sem contrato e poder sempre ser despedido sem justa causa. Ser precário é estar sistematicamente «à experiência», por muito comprovadamente experiente que se seja. Ser precário é ser tratado como um profissional liberal quando se vive abaixo de cão. Ser precário é, quase sempre, não escolher ser precário. Ser precário é ter um livro de recibos verdes para evitar milagrosamente que os empregadores tenham de assumir qualquer responsabilidade na construção e manutenção da cadeia de produção da riqueza. Ser precário é não poder ter filhos, porque os patrões não gostam de grávidas, nem de mães competentes, nem de pais demasiado presentes. Ser precário é precarizar os pais que fornecem a sopa, o colchão e a protecção social em falta. Ser precário é ser tratado como carne para canhão do trabalho, mas sem ração assegurada. Ser precário é tapar os pequenos e os grandes buracos do capitalismo. Ser precário é não ter a certeza de poder pagar a renda, é ter a certeza de que o dinheiro não dá para todas as facturas. Ser precário é ter de comer menos e menos vezes por dia, excepto quando a família ou os amigos se compadecem. Ser precário é engolir a raiva, é chorar às escondidas para não dar nas vistas, é ter medo de ser etiquetado de rebelde, é ter pânico de que esse rótulo motive a perda de um emprego medíocre mas tão difícil de arranjar. Ser precário é ter vontade de ir para a rua gritar. Ser precário é ser obrigado a ir para a rua gritar. Ser precário é decidir ir para a rua gritar.