
Destruíram-nos a produção, abriram-nos as fronteiras e inundaram-nos com mercadorias, créditos, sonhos e promessas de um paraíso na terra, para depois chegar uma crise que os seus lacaios locais transformam em mais pobreza e menos direitos para desbaratarem o bem público para as mãos dos grandes grupos privados, e dos seus bancos. Os camiões com aquilo que nos querem impingir continuam a chegar pelas estradas que nos obrigaram a construir, as fabricas a fechar e os campos a ficar bravios. Estamos mais pobres até à próxima crise em que ficaremos ainda mais pobres, sem mais direitos, mais dependentes do poder económico. Mais PEC’s, mais miséria. Basta ver que em 2009, ano da grande crise, não houve banco ou grande empresa que não tenha aumentado os seus lucros. Faliram as poucas empresas que ainda produziam sapatos, têxteis ou qualquer outra coisa que pudéssemos exportar. Continuam a encher-nos as lojas com desejos e ilusões sabendo que se não produzimos, se não temos nada para vender só lhes poderemos pagar em mais subserviência, carne para canhão e para toda a obra. Estamos a vender este país, pior o povo deste país e nada se faz para o impedir. Não os que se vão alternando na ilusória democracia em que vivemos, esses trabalham para o “inimigo”, nós, todos nós que individualmente nos sentimos impotentes perante a poderosa máquina do poder, da propaganda e da sua falsa justiça.
Se não temos dinheiro para pagar o que nos entra pelas fronteiras dentro, porque não lhes dizemos que não estamos interessados. Que não queremos que nos mandem mais coisas que não podemos comprar. Porque não incentivamos que se produza cá aquilo que necessitamos para viver? Porque continuamos num caminho que sabemos só pode acabar mal? Quando acordaremos desta letargia em que nos embalam? (wehavekaosinthegarden)
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